Falcão das trevas

Os meus mortos me cercam,

Seus ossos acariciam meu corpo aveludado

Com a escuridão me abraçam,

E com seus passados sou algemado

Dançando e celebrando à morte,

Me deixo levar à valsa tétrica

Sendo abandonado a própria sorte

Observando a figura cadavérica

Piso no horizonte de ossos de meus inimigos,

Iluminando com a luz rúbida do eclipse

Sofrendo todos os seus castigos,

Dou vida ao meu apocalipse

Renascendo em uma nova pele

Digo adeus ao meu velho amigo,

Aquele que fora imbele

Tornando-se meu maior arqui-inimigo.

Mikaela Ferreira
Enviado por Mikaela Ferreira em 16/10/2019
Código do texto: T6770810
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