Falcão das trevas
Os meus mortos me cercam,
Seus ossos acariciam meu corpo aveludado
Com a escuridão me abraçam,
E com seus passados sou algemado
Dançando e celebrando à morte,
Me deixo levar à valsa tétrica
Sendo abandonado a própria sorte
Observando a figura cadavérica
Piso no horizonte de ossos de meus inimigos,
Iluminando com a luz rúbida do eclipse
Sofrendo todos os seus castigos,
Dou vida ao meu apocalipse
Renascendo em uma nova pele
Digo adeus ao meu velho amigo,
Aquele que fora imbele
Tornando-se meu maior arqui-inimigo.