MIRTES E OS ANJOS VINGADOS ...fim

São tuas forças os

elementos do eterno

insípido e glorioso

criado pra amar um verdade.

Criado como coisa

numa esteira sobre a luz

de um sol covarde

que despreza o infinito

e permeia o inaudito

como serpente querendo

roubar as vozes do

grande alimento que

contém o ente mágico

da vida sobre a terra!

Tu proibes o teu medo

de existir entre eles.

Teus filhos procuram

o Pai perdido em meio

guerra mas a guerra é

a minha causa do teu

desprezo Deus

Da minha estrela que

brilha e ofusca estas crianças

correndo da noite

onde o manto é negro

e não aquece a fome.

Faz desaparecer o que era

firme e forte do começo

Tudo precisa de novo

ser conquistado e agora

criaste os mostros tubérculos

prontos a explodir

com o perfume da mesma

fruta.... só o gosto tem

um desejo diferente

um desejo hipnótico.

Eu morri no horizonte

como anfíbio do paraíso

Eu quiz teu trono dourado

Teu cajado de realeza

que abre lacunas nos mares

pros segredos viverem

do outro lado das águas

que turvas mudaram

seus espíritos pra sempre.

Enganos e agonia perante

a morte do dia quando vem

a sombra que paira no sono

da verdade divina .

E a verdade divina é

o inaudito santificado!

A estatueta celebrada

como símbolo e espectros

saindo para almas fugitivas.

No todo que vai se

perdendo abrem-se janelas

sufocadas querendo respirar

Eis ali teu grande erro Deus.

É ali que eu entro.

Na tempestade violenta

de um sopro que toca o

hino da idade e dos anjos

onde tu dormes envenenado

possuidor do mito febril.

E agora vem procurar me

como a raiz da profundeza?

Tua gênese sempre foi

uma maldição imperiosa!

Eu ensinei minha força

a curar tua doença

A viver entre os miseráveis

acolhendo o vício de Reino

pra destruí-lo por dentro

e usá-lo como brinquedo...

....e deixastes morrer sobre

as risadas moribundas

dos herdeiros da pedra

que Caim , tua raiz, jogou

no tempo da eternidade...

Teu jogo precisa aceitar

que o mito não tem carne

nem ossos , é um espírito!

A substância do infinito

vai repetir na aparência

o golpe do teu poder "real".