MIRTES E OS ANJOS VINGADOS X
A morte escreve tempo.
O tempo , Deus, não são
ossos entre os vermes!
Sobras temporais de alma
benzidas de lápides
escritas com olhos culpados
e ditas rezas de beatos
dos sacramentos antigos
não responde tua falácia,
onde anjos irão vingar
o mal que a ti interessa
como premissa!
Na moldura bestial que
minha presença oferece
posso abrir o coração destes
pela inveja , pela luxúria!
E sonharão encarnados
De tua benção para imunidade.
Veja o grande Cézar
sentar num trono de ouro
e desejar o infinito
sonhando ser tua única
criatura entre as outras...
Nada pode fugir de Caim!
Quem descidiu por uma
história contada por ti
antes de dormir logo cedo?
Fugas na obra pra vender
o falso mundo a frente,
não foi uma saída digna!
Na divina comédia os
escravos usaram perfumes
de Rei e comeram à mesa
entre espíritos mais fortes.
E o que é verdadeiro em
tua sabedoria vive dentro
deles na agonia profunda.
Foram buscar água límpida
no outro lado da fonte
que brotava tão perto!?
Haverá uma tábua
onde os raios lapidam
rochas, onde deverá ter
um novo rio nascendo!
Gritavam contra o
vento no deserto.
Eram gralhas procurando
um filhote em meio
as nuvens de areia rasgando
suas valentias idólatras.
" O pastor não cuidava da
morte sobre os corpos que
com ele caminhava...ele era
o pedreiro... o tempo urgia num
sol que amanhecia cedo.
E tua torre ainda não estava pronta!"