MIRTES E OS ANJOS VINGADOS IX
Oh Deus!
Aquela mulher imaculada
de luz, descendia dos
ditos perdidos sobre a vinda
do "velho" nascente de um fruto
que o homem não podia comer.
Tinha verdades escondidas!
Teu descanso profundo
Teu mundo criado de tudo
não caminhava sozinho.
Pertencia a mesma idolatria
do pecado que convinha
pra ter uma estrada de flores
e um altar esperando chegar,
os cadavéricos vestidos de
manta e trapos da floresta
encantados desde o princípio!
Lúcifer,
Das mazelas de príncipes
do meu reino eras a espada
que feria , que incestuava
pra descender de mim
esta orda de bestas uivando
pra lua vermelha nas noites
em que estavam perdidos,
onde ascendiam ao fogo
pra iluminar tua vinda
crendo ser a minha!
Como ousas vociferar poder!
Estes abutres curandeiros
pastores sem Moisés
são os mesmos invasores
de Salomão , os profanos!
As tábuas sagradas do
meu código eterno foram
enfim quebradas e os pedaços
distribuídos como pão
no amanhecer destes que são
na verdade teus irmãos
vestidos não de trapos sujos
da humildade , da compaixão!
Mas de ornamentos de ouro
em ternos pretos e mantas
de seda , castelos e água pura.
Quem come do resto que sobra
das migalhas sorvidas numa
mesa sobre a terra poluída
São os filhos meus!
Cegos e feridos de lança
num corpo marcado
da tua vingança.