"A Obsessão,"
"(...)Toma-me pelo instrumento que melhor te agrade e por muito que me dedilhes, posso garantir-te que não conseguirás tirar qualquer som de mim(...)"
(Hamlet) Ato III, Cena II
...
se não é o caminho, então que não se desfie
se não for aos olhos, que aos poucos me livre
o meu intento te desenha! a minha mão, não.
é peça vazia! sem falas e lados de uma só exceção
das formas inexatas em que tentei te depender
agora são únicas partes das quais te podem descer
em ilusão profícua! à tarde, à certeza do aguardar!
fosse retrato, fosse prece preferida de tanto pecar
e, por mais que se suponha ao tempo de revoltas
pelas mesmas tempestades de qualquer prepotência
ei-la! a letra calada que despedaça um quarto de ar
ei-la, a querer desaparecer, quando.. muito, vive aqui
aos absurdos em contraste das horas, dias que a preferi
é a minha chama que não dorme! ela existe 'nesta rima,'
..ela é.
...
parte Ii - "(quase)Capitu,"
ápice rito. inteira palavra tentada
fosse claridade da sua lembrança
pena que te serve. flâmula hasteada
é. fogo! é. infantaria cega e confiança
tarde te seja o inverno de perceber
a cena mais íntima de um ato servil
ao tempo que te entrega. ir e poder..
e. a sensação de perder-te a meio-fio
meio-mastro da bandeira que te queira
meia porção alheia do meu apelo subtil
hábito que te vence sendo minha, a ceia
e, quadro é. em meias verdades obsoletas
pela distância quase exata que te construiu
e agora se converte. é prece breve. da letra,
..e não pode te deixar...