Emerge de um abismo sombrio

Emerge de um abismo sombrio

Do fosso estreito e viscoso

Um eu assassino de almas

Sugador de suco vital

Que agarra meu pescoço

Quebra meu osso

Quando me carrega pro quintal

Esse eu doente e louco

Me lambe a face com nojo

Antes de me empurrar ao caos

Ao virar os olhos. ... olhos do mal

Olhos vermelhos e boca espumada

Besta insatisfeita que tudo quebra

Anda pelo teto de cabeça aberta

Em sangue que pinga no tapete

Pobre eu

Um eu que desconheço

Mas conheço tão bem

Fraco para a criação

Forte para a agressão

Eu sou tantos

Esse é só mais um

Felizmente.