Desfalecimentos da Alma
O olhar pequeno com um coração tenaz,
Onde a força não se fenece para o fogo
Pelo luar que ilumina o peito, eis sagaz,
Torna-se inerente, longe dos porcos.
Noite de escuridão que desencoraja,
Com lágrimas sólidas que derramas,
Sentindo a voz que o suscita ,
Extraindo o mal que o inflama.
Não um dos seres altos e míticos,
Mas o âmago que prevê ascendência,
Cuidadoso dos próprios atos sínicos,
Em um só erro, regressa à incoerência.
Com o profundo olhar inócuo,
Tritura o vidro que antes incólume,
O cerne da alma não é mútuo,
E os ouvidos ouvem respostas íngreme.
As movimentações bruscas da alma,
Atiçada por duros pensamentos,
Deprimem no interior, a própria calma
Tomadas pelo descontentamento.
Pasmado pelo horrendo medo,
Impedido de caminhar aos passos,
Mantido nas mãos fechadas em segredo,
Afunda-se no afago dos rios rasos.
Os antigos contentamentos
Que retratam o estado da alma
Desfaleceram os encantamentos
Que levam à visão das farsas.