Desfalecimentos da Alma

O olhar pequeno com um coração tenaz,

Onde a força não se fenece para o fogo

Pelo luar que ilumina o peito, eis sagaz,

Torna-se inerente, longe dos porcos.

Noite de escuridão que desencoraja,

Com lágrimas sólidas que derramas,

Sentindo a voz que o suscita ,

Extraindo o mal que o inflama.

Não um dos seres altos e míticos,

Mas o âmago que prevê ascendência,

Cuidadoso dos próprios atos sínicos,

Em um só erro, regressa à incoerência.

Com o profundo olhar inócuo,

Tritura o vidro que antes incólume,

O cerne da alma não é mútuo,

E os ouvidos ouvem respostas íngreme.

As movimentações bruscas da alma,

Atiçada por duros pensamentos,

Deprimem no interior, a própria calma

Tomadas pelo descontentamento.

Pasmado pelo horrendo medo,

Impedido de caminhar aos passos,

Mantido nas mãos fechadas em segredo,

Afunda-se no afago dos rios rasos.

Os antigos contentamentos

Que retratam o estado da alma

Desfaleceram os encantamentos

Que levam à visão das farsas.

Samuel Oliveira da Costa
Enviado por Samuel Oliveira da Costa em 26/08/2019
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