ABSORVIDO
Inverno ,
Parênteses entre
o diabo minguado na janela
no todo escuro do mal
querendo toda alma que tenho
guardada pra enterrar no sótão.
Interno ,
Minha boca lambendo
os prazeres das tuas fotos.
Eu corrompo , compondo sonetos
vingativos aos silvos do falo
mudo no chão , desespero!
Caderno,
Folhas intocadas a dias
Há dias ferve a febre
dos montes calados sedados
coitados do ventre frio ,
quanto mais longe , vazio...garras
riscando a parede, quero escrever
com sangue linhas iguais
as das coxas tuas roxas picantes
feridas de sexo ,batismo ... confesso.