Vozes
Ouço as criaturas da noite,
Em meio a bruma, como em açoite,
Elas gritam em minha mente,
Na realidade crua do descrente.
Emergem sentimentos aflitos,
Urro seco e amargo dos malditos,
Que ao permear a densa escuridão,
Instigam sentidos em lasciva servidão.
Devoram as almas sem encarnação
No limbo prospera a crua danação,
Os gárgulas que emergem dos sonhos,
Adornam devaneios sós e medonhos.
Na passagem pela barca de Caronte,
Avisto os meus flagelados pares,
Em meio ao iodo buscam puros ares,
Odisseia vã pela prometida fonte.
Ouço as criaturas da noite,
Em meio a bruma, como em açoite,
Elas gritam em minha mente,
Na realidade crua do descrente.
Emergem sentimentos aflitos,
Urro seco e amargo dos malditos,
Que ao permear a densa escuridão,
Instigam sentidos em lasciva servidão.
Devoram as almas sem encarnação
No limbo prospera a crua danação,
Os gárgulas que emergem dos sonhos,
Adornam devaneios sós e medonhos.
Na passagem pela barca de Caronte,
Avisto os meus flagelados pares,
Em meio ao iodo buscam puros ares,
Odisseia vã pela prometida fonte.