Chaves Enoquianas
Mestres da areia
Mestres do vento
Tramas tempestuosas em teia
Olhos fustigantes no firmamento
Eis a verdadeira entidade
Eis a única identidade
Vêm a mim as chaves enoquianas
Caim... elementares libações humanas...
Caim... o transbordar do excelso cálice
Caim... doce entorpecer em pleno ápice
Expelir-se toda a ira que rasteja!
Embeber-se no orgulho que festeja!
Sob a poeira a sufocar os crucificados
Sob o luar, a marcha dos santificados
O sopro do tempo, a lágrima dos lamentos
Poço profundo, odor de secretos sentimentos
Eras abissais, brilho do desamor
Frios olhos do corvo, garras de pura dor
Auroras de orfandade, culpa, solidão
Raios que ora vazam ódio, medo, escuridão
Matar! Roubar! Impera a nova lei
Tambores a ribombar! Frenesi de Morgana le Fay
Mesmo falando a língua dos imortais,
Chaves tais não mudam destinos fatais!