Defuntar
Defuntar
Ora pois, porque temor!?
Sou o nobre acalanto quando vida não houver
Negas a minha certeza até provar o sabor
Tenho formas de chegar... chegarei como quiser!
Chegarei em teu dormir
Levarei-te-ei sem dor
Caberás a ti partir
Sem sentir de mim temor
Chegarei bem lentamente
Com requintes de maldade
Ceifeiro serei presente
Todo arfar serei metade
Chegarei rapidamente
Sem notar a mim se curvas
Veja, sou benevolente!
O livrei da vida... agruras
Negas a minha verdade!
Sou certeza invariável
Tens-me quando a vida evade
O fim... Sou inevitável!
Temes por apego a vida
Mais qual é tua certeza?
Na alvorada o convida
Tolo...! Veja! Em mim... Beleza...!
O concedo um desejo
Escolha por teu final
Como queres que a ti chegue?
Contundente ou gradual?