Defuntar

Defuntar

Ora pois, porque temor!?

Sou o nobre acalanto quando vida não houver

Negas a minha certeza até provar o sabor

Tenho formas de chegar... chegarei como quiser!

Chegarei em teu dormir

Levarei-te-ei sem dor

Caberás a ti partir

Sem sentir de mim temor

Chegarei bem lentamente

Com requintes de maldade

Ceifeiro serei presente

Todo arfar serei metade

Chegarei rapidamente

Sem notar a mim se curvas

Veja, sou benevolente!

O livrei da vida... agruras

Negas a minha verdade!

Sou certeza invariável

Tens-me quando a vida evade

O fim... Sou inevitável!

Temes por apego a vida

Mais qual é tua certeza?

Na alvorada o convida

Tolo...! Veja! Em mim... Beleza...!

O concedo um desejo

Escolha por teu final

Como queres que a ti chegue?

Contundente ou gradual?

Samuka Souza
Enviado por Samuka Souza em 22/05/2019
Código do texto: T6653784
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