Noturna
Algo despertou nessa amplidão soturna,
Desejando a noite meu peito está a pedir pelos ventos notívagos.
Meus olhos anseiam avistar a Lua no céu como um astro páreo!
Inflama-se em meu interior uma insaciável sede e desejo...
Pela noite adentraria destemida e no silêncio emudeceria o mundo barulhento.
Como em fuga esconder-me- ia às sombras, buscaria as estrelas;
A presença lunar encontraria e com ela sonharia,
Em cenários penumbrosos instalaria as agonias de reentrâncias que circundam pensamentos;
Na quietude mais tênue abandonaria as inebriadas lástimas,
Finalmente no som mais calado fixar-me-ia firme e permitiria tudo findar.
Nas águas profundas de um oceano oculto jogar-me-ia nelas, banhadas pela Lua...
Nessas águas o encanto mais belo existe e o lírico canto das sirenas não me resguardará dele!