Vigília noturna
Nas curvas da noite caminho,
Como um doce anjo a sussurrar
Encantos quebrados a sorrir,
Levando nos ressequidos lábios
A frigidez de uma cálida memória
A sorver a vida de meu sono,
Roubados momentos de morte.
Em meus dóceis sonhos selvagens,
Gestados no ventre de minha doce
Vigília noturna, sinto nos recantos
Mais sedentos de meu ser o sabor
De um frio alento a fluir o frio ardor,
Como um deus imperfeito a caminhar
Ao relento de meus roubados momentos
De inexistente sono em que vivo
A caminhar na escura estrada do amor.