Sangue e Ouro
Diante da lua aprecio a beleza
Dessa noite que, como um rio,
Corre selvagem a presentear
Num banquete de sangue minha
Alma numa benção etérea que
Me faz derramar lágrimas de ouro
A cada terna sombra que abraça
A ninar em meus momentos
De sombria e frígida alegria.
Em cada momento de doce
Vida sinto fluir em minhas veias
Todo um mar de sangue e ouro
A manter acesa toda a vontade
De dominar cada ânsia de pesado
Que habita em meu frio coração.
Sempre carrego na alma
Todo o sangue a aspergir
Nos dourados recantos divinos
Dos medos que rondam e dormem
Em minha mente, recorrendo
Aos sublimes instantes de
Vigília em que permaneço,
Recostada no alento de viver,
Etereamente, dormitando ao
Meu próprio paraíso pessoal