Silêncio dos Inocentes

Inocente silêncio

Que por trás de um sorriso

Se faz deprimente

Olhos vivos e capazes

Perguntas lógicas

Sobre uma vida irreal

Seres vem e vão

Estragos sempre apareceram

Depois da chuva que me molha por dentro

E não me deixa externalizar

Mas me deixa eternizar neste momento...

Poema de dores e perdas

Sem controle, sem choro

Demônios não deixam em paz...

Cartas não me deixam descansar

Que de morte e vida se fazem real

Palavras amigas se intercalam

Entre suicidas...

De camiseta preta e coturnos

Me escondo...

Não reconheço

Não me esqueço

Nomes e rostos

De pessoas que a muito...

Me deixaram

E fizeram de mim

Anjo que da solidão

Se faz presente

Pode ser

Por morte, viagem, esquecimento

Mas não me esqueço

Mesmo que eu queira

Não sei se é

Maldição ou bênção

Pessoas me marcam

E deixam...

Geralmente pior do que encontraram

Mas não me importo

Viver ou morrer

Só sei que

Até a escuridão

Ir embora... irei lembrar

Isso é bom e ruim...

Sou o silêncio que dos inocentes

Se faz refém