Ninguém
Chuva
O choro dos céus
Que enfurecido fica
Dormir se conseguir
Sonhos de uma noite inteira
Que em sonhos não mais
Tem a mesma importância
Que quando criança
Crescemos e perdemos
A habilidade de querer
Que se tornem realidade
"A infância termina quando começamos a nos preocupar com o futuro"
Já dizia o meu livro favorito
Sabia que era verdade
Porém não queria acreditar
Tamanhos demônios
Não estavam em baixo
Da cama...
Mas sim dentro da alma
Corpo torturado e morto
Pela mente humana dentro
Ansiedade, depressão, paranóia
Tudo que antes era distante
Se faz frente...
Lutas diárias
Mortes, ressurreições diárias
Não graças a um Deus
Ou algo do tipo
Minhas letras que alcançam
Mais de 3000 mundos dentro de mim
Seriam mais profundas
E profanas que palavras
Em um livro velho que por parábolas
Se faz efetivo em controlar multidões
Não sou messias...
Não sou ninguém...
Mas se minhas palavras
Tocam alguém...
Seria eu o alimentador desta alma?
Alma não precisa de coisas físicas
Porque pastores então querem
O dinheiro do pobre?
Se só com palavras poderiam
Ser realmente felizes...
O dinheiro compra felicidade?
Só se for momentânea
Eis que mais uma vez
Me perco em palavras
Vejo que nunca fui criança
E que pela primeira vez
Entendo tamanho conhecimento
No vento e no nome
Que daquele não me representa
Fielmente mas representa qualquer um
Seu nome...
O vento levou
E observou