Vermelho Eterno
Numa doce noite fico a admirar
A suave candura de um sombrio
Amor que encontro em cada confim
De meu remendado ser, cada
Suave suspiro de meu coração
A sair trêmulo de ver desse doce
E nobre vermelho eterno que me
Cobre como um manto a me cobrir
Num momento de fria e sombria solidão.
Ao deixar minha cabeça deitar
Numa gélida colcha de retalhos,
Ponto cada floco de neve de minha
Adorável solidão desse amor,
Deixo tingido de vermelho eterno
Ao me sentir cada vez mais viva
Na respiração suave que deixo
Escapar na rubra névoa que me
Rodeia como o divino amante
Que me acolhe nos braços a
Me ninar nas dores de nosso amor.