RECADO AO SENHOR DOS VENTOS

Dá-me alento, ó Senhor dos Ventos,

O calor me afoga, sufoca -

Premente a brisa que afaga,

Que traga todo suprimento :

Refrigério, navio de doca,

Uma terra na água.

Sou homem de frios e gelos,

Nos quais destilo desesperos.

O calor, o calor ri-se de mim

Se quero bem o querubim.

A luminosidade do dia traz chuvas à tarde.

A lucidez da noite ofusca-se na luminosidade.

A clareza é jardim quando a minha, Garden.

Luciferinas chamas solares : Isso arde !

Tanto Sol, luz, ponho em cripta minha verdade.

Desejo frio, friezas, todas brancuras que encardem.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 12/01/2019
Reeditado em 08/11/2020
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