Inocência do sangue

Como a mais bela pureza que vem à luz

Junto ao ano que nasce, angélico,

Sinto em meus lábios o doce sabor

Da inocência, que de meu ventre

Escorre rubro, a me seduzir como a uma

Amante que se embriaga no aconchego

Da dança que marca mais uma época

De sombrios desejos inocentes.

De meus ocos batimentos no peito

Sinto o afligir de uma divina alegria

A me abrir os lábios no prazer de um

Doce sorriso, rubra inocência a querer

Me deixar acolhida nos etéreos braços

De um breve e simples sonho merecido.

Na inocência de sangue a correr

Em minhas finas veias sinto tudo

O que de minha pulsante carne

Vira acalanto e desejo, me levando

Ao Angélico delírio de falar e falar

As feéricas palavras da oração,

Divino cântico a me envolver os

Ombros com a inocente delicadeza

De um materno abraço no seio

Das sombrias horas de solidão.

Karen Samira Yagami
Enviado por Karen Samira Yagami em 06/01/2019
Código do texto: T6544634
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