Alan Poe me visitou (1)

Eu, que de tua mão

As minhas

Não mais tocarão.

De espera em espera

O que posso eu reclamar

Senão nego

Que só fiz

Te amar.

De tua bela

Imagem

Que inunda minha retina

De tua doce pele menina.

E já avançada noite

Eu aqui claro em sono

Parto já

Desse meio reino

Sem dono.

Noite ingrata

Eu grito sem me conter

Posto que sem ela

Só tenho vida

Se morrer.