A mortalha

Mortalha

Pano dos mortos

Em recantos

Cantos escondidos

Além da morte

Oriundos

Do fim da vida

Que na morte

Se espelhou

Cacos de espelhos

Engolidos...

Pela criança

Que um dia fui

Brigando

Com quem sou hoje

Um medo cresce

Nos olhos vermelhos

De quem um dia tinha

Vontade de fazer

Algo diferente

Olhos profanos

Sugam a vontade

De estar morto

Atualmente estou

Querendo me tornar

Aquilo...

Que um dia sonhei

Mas depois tanto descontentamento

Foi transformado em

Algo diferente

Estranhamente quero

E vou me tornar

O soberano que das sombras

Aconcelha

Revela

Desconstrói

Reconstrói

A realidade daqueles

Que querem

Tanto melhorar

Mas não sabem

Como...

Transformar...

Perda em ganho

Tropeços em experiências

Mas não sou

Herói...

Também tenho...

Diversas marcas

Para mudar