Era meia-noite de agosto fria,
o relógio na parede badalou enquanto lia o gato preto e outras estórias de Edgar Allan Poe.
há! mestre do suspense e do horror.
A mente as vezes nos prega peças pensei ter ouvido alguém chamando, talvez fosse apenas os ratos ou o vento noturno soprando.
Voltei minha concentração para estória que lia e logo já tinha esquecido o que havia me interrompido.

Novamente ouvi barulhos vindo na janela e algumas batidas na porta.
Ilusão era minha certeza, acreditei ter ouvido um chacoalhar e um estampido.
A cada página que avançava mais e mais eu mergulhava naquele mundo sobrenatural.
Os sons e rangidos cada vez mais fortes ecoavam em meus ouvidos.
Cada ruído da madrugada penetrava como uma gargalhada.

Quem está aí! Disse eu sussurrando e tremendo.
Quem está aí! Disse novamente arfando.

Depois de alguns minutos escutando,
então ouvi com alivio um corvo crocitar respondendo,
era apenas um corvo corvejando pensei eu me acalmando.
FernandoCreed
Enviado por FernandoCreed em 05/11/2018
Reeditado em 06/11/2018
Código do texto: T6495083
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.