Submetida Contrição

Como me pude permitir chegar a tal ponto?

Tudo o que ansiei com nobreza agora é transformado em pranto; dor.

Eu mesmo me desconheço.

Apesar do pouco que vivo;

Ainda não conheço ser mais desprezível do que eu.

Com o passar do tempo, o arrependimento torna-se insaciável para a minha alma.

Uma alma doente, que se sente carente por ter perdido a sua outra parte.

O castelo descontraído do sonho; obstinado a manter ruínas.

Mais um sopro na areia.

Apenas mais um leve mover, para que este templo que sou desabe.

Para que tudo se acabe.

Acabo de crer que a vida é a única solução para se encontrar a saída.

Por mais que eu tente embelezar tudo o que me assedia,

Minha volta se torna obscura em desapropriada harmonia.

Como um louco sem companhia.

Restrito a pagar em silencio

E ao mesmo tempo me perguntando, a quem convenço?

A verdade é que nem eu mesmo acredito!

De fato; estou banido.

Reconheço constantemente que a minha vida se tornou sem valor

Sem restas ou sombras do que se chama amor.

Esquecido por causar lagrimas de sangue

Enaltecido e humilhado perante os seres sombrios mais desprezíveis.

Os mais implausíveis.

Em meu sonho ou em uma vida real?

Você teria suportado?

Lembre-se da bela e a fera do mal.

E esqueceu-se de mim por um infinito ilimitado.

As tempestuosidades me empoem regras como um pódio

Você se lembra?

Nunca duvide do amor, mas acredite no ódio.

Tudo acabou; foi uma astúcia do destino;

Uma cilada.

Agora já imagino o que é a morte.

Um caminho sem rumo e sem sorte.

A lama negra do abismo.

A conseqüência do egoísmo.