Fada verde
Eu bebo do anis estrelado
Nas águas passadas
Sabores propícios das ervas amargas
Eu bebo do anis estrelado
Nas águas passadas
Sabores que entorpecem os meus sentidos...
(Noturna Régia)
Por dentro de canções suaves os verdes olhos admiram...
Danças em um cálice de uma fina Prata glauca, labaredas misturam-se em esmeraldas,
Cortantes sonhos cálidos, que o aroma das barreiras do pensar estremece.
Fantasias tendenciosas de abismos profundos que não podem te realizar;
Teus sonhos lúcidos ainda aguardam lá no mantra do imaginar,
Sucintos gracejam saudades, tuas metáforas incontestáveis!
Ilusões incendeiam minucias ao teu aclamar,
O calejar dos sentimentos, os sentidos caídos...
A sede não saciada de corpos separados ainda ardentes em abismos.
Olhares perfurantes cravejados pelo sabor indolor e sedutor
Da fada verde que em te habita, como um ser de um distante calvário.
Idealizada divindade teus beijos reluzentes que emanam o furor dos teus feitiços,
Permita-me em meus sonhos uma vez provar dos teus desejos encobertos pelo vicio do Absinto!
* Inspirado pela música Artemísia da banda Noturna Régia