HIPNÓTICA PLUMAGEM
Misteriosa, assimilando- se a um corvo
Alegoricamente pousa, olha presas suas
Descartando a piedade, logo o estorvo
Nunca deixa as afiadas garras nuas
Planando com a vítima pelas ruas
Envolve- a em robusto negro manto
Consumindo carnes, atrativas, cruas
Se valendo do incontestável encanto
Ave sinistra, narcisistas penas, portanto
Supre o ego, usando corpos fresquinhos
Em ninhos onde ela orquestra o canto
Para atrair, bobos, frágeis passarinhos
Jonnata Henrique 20/08/18