Niilismo
Em fulgores de Nero eu espero
Um refúgio áspero, um fulgor
Do sabor austero da comunhão
Do sangue com alcool e que me fere
Pela fumaça que adentra o pulmão
O absurdo que circunda a existência
A gente abstrai, finge demencia
Na ciência de que a existência
É vã e não há clemência
Como diziam os mestres
Que atuam em hostes celestes
Baudelaire, Byron e Poe
Põe em tua consciência
Vive-se pra sofrer e se existe pra morrer
Há ainda todo um universo a corromper
Em vingança, deixe-o se debater