Chiaroscuro
No doce claro dos dias
Me encolho caída nos cantos,
Sonolenta, submersa sempre
No escuro dos sonhos a me
Fazer ruir de alegria, sempre
A me fazer rir de medo nesses
Momentos de pesadelo em vigília.
No acolhedor escuro das noites,
Meu recanto, meu sustento, sinto
Em mim o claro da luz a me erguer,
Desperta, plena de energia, me
Guiando a alma, quase natimorta,
A segredar de mim as notas dessa
Macabra canção que me deixa
Cheia de vida no amargor do
Sono que me recolhe o ser,
Me livrando dos sabores da
Dor que me faz sentir viva,
Plena e divinamente viva.