LABORIOSA NOITE SOMBRIA

No bojo da noite sombria

uma mão apalpa o verbo

do bojo da noite sombria

escorre grudento sangue

entremeada à noite sóbria

vivas vísceras se enlaçam

perdura na noite sombria

mais um doloroso grito

perfura a noite sombria

agonia desse meu grifo

ilumina a noite sombria

uma oração vespertina

a maldita noite sombria

impedida varada acaba

no fim da noite sombria

rasga o véu do imundo

se

ao mundo veio mais um

*

*

Baltazar Gonçalves

Baltazar Gonçalves
Enviado por Baltazar Gonçalves em 03/03/2018
Código do texto: T6270021
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