Carta de Suicidio

Eu bebi e fumei tudo que tinha

Pra quem está morto a paixão não desatina

Nunca mais quero as trevas me sufocando

Ninguém nunca me ouve, eu vou caminhando

Entre um suicidio e outro, daqui pra nunca mais

Comida vira cinzas, cada cigarro

A fumaça, o pó de giz, não preencherão

E o alcool com sofreguidão

Não te satisfarão, nunca mais

E carrego comigo a marca do enganador

Uma existencia com base no odio e rancor

Sem um ultimo beijo de amor

Corta os pulsos na banheira

Já estou na beira do abismo

Meus sonhos mortos, pensamentos tortos

Só desprezo, desprezo, desprezo

Eu rezo, pra nunca mais tocar o paraíso

Essa foi minha vida, eu estou perdido

Essa é a carta de desespero de um suicida

[Não mais, não mais não mais

Te preencherão, o alcool, as drogas e o seu pulmão

A fumaça branca, chora como criança

Um Anjo caído, paraíso não alcança]

Damien Void
Enviado por Damien Void em 30/01/2018
Código do texto: T6240186
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