O Fantasma que me Assombra

Sabedoria que possuo aprisionada

Adquirida em uma alma conturbada

O cajado apoia o peso de décadas

Pesado, totalmente só é o coração

Vago pelas noites, por dias a fio

Tropeço, caio, encontro o chão frio

Abandonado por ela, que me assombra

Aquela cuja face vejo em cada sombra

Busco pelas mãos macias e pálidas

Saudosas são as suas costas cálidas

E eu, pobre eremita, vago pelas ruas

Lotadas de assassinos e cortesãs nuas

Sem poder nunca encontrá-la novamente

E enquanto esse fantasma me assombra

De joelhos, imploro e rogo a sombra!

Que venha minha última e derradeira

A paixão final que incendeia o sábio

A amante morte e sua cama de madeira

Damien Void
Enviado por Damien Void em 10/01/2018
Código do texto: T6222507
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