MORTE

Famigerada morte!

Ainda levarás trote?

No pacto que adote,

Livro-me do lote!

Ah, girou a roleta da sorte.

Ao som de fagotes,

O tarot , seu macabro esporte.

Na carta, fúnebre mote.

deuses no camarote,

a foice me decepando com um corte.

Ao inferno ou paraíso me transporte,

Qual o carimbo no passaporte?

na luz me acomode.

bendito suporte.

Ou, nas sombras apanhe de chicote.

E a alma entorte

E existir não mais importe.

Tu também não escaparás morte

Pois, em ti não passarás calote.

Ilton Paiva
Enviado por Ilton Paiva em 31/12/2017
Código do texto: T6213021
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