MORTE
Famigerada morte!
Ainda levarás trote?
No pacto que adote,
Livro-me do lote!
Ah, girou a roleta da sorte.
Ao som de fagotes,
O tarot , seu macabro esporte.
Na carta, fúnebre mote.
deuses no camarote,
a foice me decepando com um corte.
Ao inferno ou paraíso me transporte,
Qual o carimbo no passaporte?
na luz me acomode.
bendito suporte.
Ou, nas sombras apanhe de chicote.
E a alma entorte
E existir não mais importe.
Tu também não escaparás morte
Pois, em ti não passarás calote.