Trespassa-me o coração

N'outra noite eu chegava... Aço numa das mãos

Comigo vinha uma moça... na tez tinha a perfeição

Trazia consigo uma jura, uma prova, uma certidão

De mim provinha a letra na qual estava a inscrição

Rogava-lhe que lesse, enquanto estendia a mão

Abriu então o escrito... tremia em medo e tensão:

"Agora vai e te arma, trespassa-me a carne

Faze-o rapidamente, sem medo de lancear-me

Com teu ferro, tua graça, meus demônios cairão

E fenecidos, e alquebrados, e inertes jazerão

Como eu mesmo; então brado: trespassa-me o coração!"

Fenrisúlfr
Enviado por Fenrisúlfr em 18/12/2017
Reeditado em 26/12/2017
Código do texto: T6202062
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