As noites
Deito a cabeça, tão quieto, no meu travesseiro
Cerro meus lábios, respiro só pelo nariz,
Então fecho os olhos e deixo minha mente partir.
Invadir espaços caóticos, calabouços sujos e imundos é o que ela faz.
E por fim traz à tona tudo que me faz chorar.
A minha sorte é que sinto a mão escura do meu quarto.
E ela me envolve com um abraço suave e perfeito.
Aconchego-me em sua palma, mas ela não canta para mim.
E como é duro o silêncio! Duro, inerte e eterno.
Eu apenas choro. E quando, enfim, minha mente retorna, já é outro dia, como foi o de ontem e como será o de amanhã.