UNHAS DE ESTILETES.

Tuas vísceras ainda queimam e ardem

Ao lembrar-se do finado desejado

Este alguém por quem sempre fostes tarada

Nunca apalpou alem das tuas coxas

Até porque te declaravas sempre moça

Desejando em tuas virilhas aquela boca

De lábios grossos que proferia uma voz rouca

Mas em teus sonhos o coito era completo

Não se temia o gozo amplo e irrestrito

Quando no orgasmo de longe se ouviam os gritos

De um casal em corpo e alma integrados

Pois certamente ambos sentiam-se penetrados

Pela entrega sem pudores nem limites

Tu se dizia a Deusa de Afrodite

E o teu amado o Romeu da Julieta

Que se arranhavam com unhas de estiletes

Indumentárias comum na relação gótica

Depois do gozo o transe se faz exposto

E pouco depois ambos parecem pessoas comuns

Para quem os olha nem se tocam do assunto

Que só retorna num próximo momento gótico.

(Miguel Jacó)

30/11/2017 09:10 - Jacó Filho

Num ambiente de luz pouca,

Emoções ditam as regras.

Desejos listam entregas,

Numa liberdade louca...

Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...

Para o texto: UNHAS DE ESTILETES. (T6182231)

bom dia nobre alfaiate das letras Jacó Filho, muito obrigado por esta suntuosa Interação, aos meus pacatos versos, um abraço, MJ.

Boa noite Cristina, parabéns pelos vossos incisivos versos que invocaram esta minha faceta poética de punho gótica.

Um abraço,

MJ.

LUSO POEMAS, 05/12/2017