Absinto

Por que faz calor e o calor que faz não é este que aquece;

O calor que faz transpira acidez invade nostalgicamente

O profundo dos nervos mais entranhados!

Cálice verde, profano embebeda!

Como fogos de artifício abrandam os olhos,

Seduzindo tua presa indefesa;

Profunda e alarmante substância, penetrante,

No consciente, no tremor do corpo que espasma e reluta.

Chama verde que emudeci, instala-se, entra...

Embebeda e alucina, devora-me chama verde!

Enaltece a intensidade do ilusório, criando agulhas na pele;

Enturvando a visão, relaxando os ais internos...

Por ultimo, acalenta o reprimido ser em teu verso;

Recolhe - o para o mundo dos ideais e dos impulsos...

Júlia Trevas
Enviado por Júlia Trevas em 16/10/2017
Reeditado em 19/10/2017
Código do texto: T6144440
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.