POESIA MORTA


Minha poesia já nasceu morta,
pois morta está minha alma
ela chora e se agita
porque está magoada;

Meus versos são sonâmbulos,
ninguém vai me despertar,
pois sabem que pretendo
dormir eternamente;

Minhas rimas se extraviaram,
não sei onde encontrá-las,
também, nem preciso delas,
quem precisa?

Quero deixar meus versos
à beira do precipício,
quem quiser, pegue-os,
ou deixem que voem;

Quem sabe fertilizam o solo
e assim crescerão
muitas árvores,
com frutos de poesia?
Fernanda Xerez
Enviado por Fernanda Xerez em 20/08/2017
Código do texto: T6090129
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.