Spoils of Death
Depois de tanto sorrir
Essas lágrimas de dor,
Declino mais uma vez
De meus espólios de morte
Que vagueiam, indolores,
Diante de cada vida que
Já morri, vivendo sempre
A sussurrar nas masmorras
De minha aprisionada liberdade.
De cada vitória vazia,
A cada sombria alegria,
Tiro o espólio, esse
Imerecido e macabro prêmio,
O congelado ardor de viver
Sempre relegada a uma
Vida morta, acorrentada
A essa funesta conquista
Que é a tão medonha
E atormentada liberdade.
E de tão fadada a sucumbir
A uma vida de tão gélidos
Sonhos, reinvindico mesmo
Que não queira esses espólios
De morte, herança de angústia,
Que em mim pra sempre jazerá
Como eterna lembrança do que
Eu nunca mais serei.