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DESESPERO

Neste vazio completo
Sou teu filho dileto
Vagueio na noite calado
Buscando o cajado
Que me sustente
Na dor sofrida
Que me alimente
De pão e comida
Sede sofro neste fim de mundo
Olhar profundo caio no chão imundo
Com o corpo impregnado
De lamacenta rebeldia
Ouço das noites agonia
Gritam as almas infelizes
Padeço mormente do vazio
Meu coração oco dilacerado
Espelho de uma alma fosca
Sem brilho, sem carne, sou o nada
Semblante medonho na face tosca
Rudeza dos dias frios
Caos na mente pereço
Em desespero entro na loucura
De lá não sair enquanto
Houver minha alma a cura...

(Simone Medeiros)