Gélida Solidão

O gélido e pálido frio invade minh'alma

Sem vida, sem culpa, sem brio... se acalma

Veias congeladas por coágulos de neve

Nenhum arrepio, meu corpo não se atreve

Frio é todo meu ser, desprovido de calor

Ódio, solidão e rancor fazem essa sinfonia sombria

Dias de sol, tardes felizes, noites de amor...

Jazem soterrados nos cemitérios da agonia

A última chama se apaga como velas na tempestade

Abro as janelas nessa gélida manhã

Convido o majestoso frio, que os cômodos invade

Percorre sagaz minh'alma sedenta de dor

Deixa cicatrizes e um falso sabor de morte

Que com sorte, seja meu destino covarde

Dan Pérignon
Enviado por Dan Pérignon em 10/06/2017
Código do texto: T6023483
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