Gélida Solidão
O gélido e pálido frio invade minh'alma
Sem vida, sem culpa, sem brio... se acalma
Veias congeladas por coágulos de neve
Nenhum arrepio, meu corpo não se atreve
Frio é todo meu ser, desprovido de calor
Ódio, solidão e rancor fazem essa sinfonia sombria
Dias de sol, tardes felizes, noites de amor...
Jazem soterrados nos cemitérios da agonia
A última chama se apaga como velas na tempestade
Abro as janelas nessa gélida manhã
Convido o majestoso frio, que os cômodos invade
Percorre sagaz minh'alma sedenta de dor
Deixa cicatrizes e um falso sabor de morte
Que com sorte, seja meu destino covarde