Passagem
Como por uma janela
Vejo meus sentimentos
Passando como pessoas
Sem rumo pelas ruas,
Olhando ao redor, como
Que a mostrar-me que
Posso, mesmo acolhida
Nesses vírus sombrios
De minha mente, recorrer
Aos meus cálidos amores
Mortos sempre que me
Sentir sozinha nessa
Multidão de pensamentos
A passarem silentes por mim.
Acorro sempre aos meus
Pensamentos e visões,
Passantes constantes de
Minha prisão de carne e ossos,
Que sempre passo meus
Momentos a seguir sempre
Os apagados passos que darei
Assim que me vir voando
Novamente rumo aos braços
De um frio amor que aquece
Meu coração à passagem de
Meus sangue a escorrer
De volta ao labiríntico
Santuário de secas veias.