Uma Alma Perdida

A carne já não sente mais

Uma ligação sem efeito

Um ritmo sem fôlego

Todo aquele mal sem paixão

Minha escuridão me condena

Ao sopro de seus beijos amargos

Um abraço sem sentimento

Um rosto de seu perfeito nascimento

Meu destino me odeia

Meus olhos sem desejo

A cada suspiro de lentidão

Sem significado em meio a solidão

Uma alma sem compaixão

Não há nada que me cure

Desse suplício de perjúrio

Não digo que não sei o que é amar,

Pois amor o universo libera

Contudo a reciprocidade não é eterna

Meu coração não me dá ouvidos

Meu espírito já nem mais existe

Não sei como aquecer tamanha frieza

Não sei entender minha própria maneira

A angustia é explicita

Meus sonhos são perversos

Mas a dor ainda continua me atingir

Por todo esse desespero formal

Minha agonia se alastra por todo lugar

Meus sentimentos impedem-me de fluir

Minhas lágrimas imploram por socorro

Nem mesmo meu corpo suporta mais

Clamo pelo fim de toda essa vida

Minha mente já não enxerga mais o futuro

O vazio que carrego não consegue ser preenchido

O grito do anseio de minha alma por paz

O fracasso de uma ilusória conquista

Uma liberdade longe de ser sentida

O passado sussurra meu nome

A canção de minha terrível despedida

Rosas vermelhas expressam minha tristeza

Sem saber o mal ou bem de minhas escolhas

Mariane Palpini Cuinto
Enviado por Mariane Palpini Cuinto em 10/03/2017
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