A CORDA NO CASARÃO RÚSTICO
Primeira noite, primogénita dormida
como fria oscilação da inconveniência,
entre poeiras seculares esquecidas,
a corda pendente em clemência persuadia!
Dos castiçais findou-se o lume,
germinou o breu, a bruma escura.
A névoa noturna, tornou-se incolume
E fez-se transparecer o temor na negrura!
Ouvi refrães na fraca mente,
A corda ... A corda...repetiam!
E num brusco quebranto no silêncio,
sinistro bebé engatinhar no escuro!
Milhões de vozes ecoaram no soturno,
A corda... A corda... repetiam!
lágrimas de sangue jorraram,
mau formação no globo ocular do imaturo!
A aparição num rebento se foi.
Num grito incontido
milhões de sombras surgiram,
ao revés no escondido!
Redobrou -se o berreiro inconstante,
as sombras circundaram em pranto.
Legiões murmuravam irritante,
Queriam suícidio e espanto!
Enfeitiçado por trevas estranhas,
O pescoço a corda notou,
Funéreas as vozes estranhas,
sussurraram preces do abismo,
Então no torpor do absinto,
As claras da aurora retumbou,
E declarou vida ao possuído suícida!
Agora a corda no casarão rústico,
Espera um viajante adentrar no obscuro,
E no descompasso no escuro,
Ser sua próxima vítima!