A Casa à Beira da Estrada

Eu costumava passar em frente a ela,

Abandonada e sozinha, sua sina era aquela,

Apodrecendo no tempo,

Apodrecendo ao relento,

Suas paredes, seu telhado,

Pobrezinhos deles,

Porém não havia sinal dele,

Eu chorava, eu pedia, mas não naquele dia,

E meu clamor ninguém ouvia,

Era noite, era dia,

Tarde quente ou manhã fria,

E minha dor ninguém sentia,

Quando era vivo admirava a velha casa,

Agora sou parte dela, apodreço com ela,

Enquanto a casa se esvai com o tempo,

A memória que tinham por mim se vai com vento.

Quem sabe meu assassino haja de novo,

E sepulte aqui, outro bicho curioso.

"Dalvis Din"

Dalvis Din
Enviado por Dalvis Din em 04/03/2017
Código do texto: T5930081
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