A Casa à Beira da Estrada
Eu costumava passar em frente a ela,
Abandonada e sozinha, sua sina era aquela,
Apodrecendo no tempo,
Apodrecendo ao relento,
Suas paredes, seu telhado,
Pobrezinhos deles,
Porém não havia sinal dele,
Eu chorava, eu pedia, mas não naquele dia,
E meu clamor ninguém ouvia,
Era noite, era dia,
Tarde quente ou manhã fria,
E minha dor ninguém sentia,
Quando era vivo admirava a velha casa,
Agora sou parte dela, apodreço com ela,
Enquanto a casa se esvai com o tempo,
A memória que tinham por mim se vai com vento.
Quem sabe meu assassino haja de novo,
E sepulte aqui, outro bicho curioso.
"Dalvis Din"