Musa sombria
Marcando cada suspiro
Morto em meus passos,
Candenciando em meu
Peito as gélidas flores da
Angústia que sustenta meu
Sorriso, vivo a caminhar
Pelo vazio que abriga essa
Multidão de sombras que
Me louvam sempre
Como a musa sombria
Que entorpece cada mágoa
Nos recônditos da morte.
A cada súplica gritada silenciosamente
Respiro cada vez mais esse ardor,
Amargo acalanto que habita em meu
Vítreo coração a confirmar em mim
Essa musa sombria adorada por
Cada alma outrora morta que me
Acompanha passo a passo nos
Mais angélicos recantos escuros
Dessa vazia imensidão de nós mesmos.