Noite escura e tenebrosa
Fantasmas invadem a moradia
Encolho-me fria e temerosa
Repentinamente, uma ventania
Morcegos voam desesperados
Ouço gemidos assustadores
Parecem súplicas de condenados
De onde vêm esses clamores?
Quero me mexer e não consigo
Estou amarrada com correntes
Prenderam-me impiedosamente
Pressinto que há no ar, perigo
Almas penadas vociferam
Pressinto que há no ar, perigo
Almas penadas vociferam
Elas não sabem o que as esperam
Brilhantes interações dos grandes poetas e amigos Luamor e Estanislau
Eu não consigo sentir meus sentidos
eu apenas sinto frio, todas as cores sumiram,
Não consigo alcançar minha alma
há fantasma nessa casa sombria.
Morcegos voam desesperados
Eu pararia de correr, se houvesse uma chance
Mas aquele ser nefasto me amordaçou a boca,
gritar não posso, devo me sucumbir
Ah! este cheiro nogento.
Vou arranhar esta porta até você ouvir,
e ver que não tenho medo de você.
Infeliz sou tão maligna quanto você,
vem pra mim, vem me amar
te seduzindo te trago para mim.
E decepo-te.
- Luamor
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É noite, lá fora passos cadenciados ecoam
Devagar, sobe as escadas, que rangem
Inerte, ela espera pelo último beijo na noite escura
- J Estanislau Filho