A PAZ DOS MORTOS

Eu sinto paz.

Ao menos hoje, eu sinto paz.

Talvez por que saí de casa,

Falei com pessoas, e vi que ainda não morri.

E por falar em morrer, sinto-me tão vivo entre os mortos!

Que passear entre as alamedas do cemitério, faz-me tão bem.

Cemitério é praça linda!

Arquiteturas variadas, estatuário lindo, sombras refrescantes, silêncio.

Sinto-me tão bem entre eles que... Ou eu estou morto...

Ou eles estão vivos... Será? Não importa.

Eu me sinto em paz.

Hoje eu estou em paz.

Talvez seja a fase eufórica da bipolaridade,

Quiçá não seja ilusão de amor.

Ou simplesmente seja só a satisfação mesmo,

De sentar em um lindo gramado, cercado de gente que nada diz, só ouve...

ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS
Enviado por ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS em 05/02/2017
Código do texto: T5903384
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