Dor
Dor!
Dores, pecadores, vozes sinistras
gritos da alma que não se cala
em meio a um silencio que me maltrata
que me ensurdece nesta noite
Amores insanos que deturpam meus pesadelos
meus monstros, minhas terras de pesares
onde está a espada para arrancar meu coração?
arranco meus olhos e os jogo aos meus medos
Insanidade da alma, a terra geme?
meu corpo se contorce em volta da arvore da vida,
sugando a seiva dela com mil bocas que gritam em meu ventre
Sinto em meu corpo o açoite da fantasia
demônios a minha frente dilacerando minha carne
sorrindo enquanto encaram minha face
saboreando minha dor em suas bocas
Sinto cada pulsar do meu coração
Arrancado em minha mente,
impulsionando minhas palavras
já não sou vivo, já não sou morto
sinto apenas o pulsar do coração
que comanda minhas palavras em busca do seu sangue
Movimento meu corpo no ar, me lançando ao vento
caindo do penhasco cercado por serpentes
sendo tragado pelas dores destas vozes
que me levam para o gélido abraço da morte.