Dor

Dor!

Dores, pecadores, vozes sinistras

gritos da alma que não se cala

em meio a um silencio que me maltrata

que me ensurdece nesta noite

Amores insanos que deturpam meus pesadelos

meus monstros, minhas terras de pesares

onde está a espada para arrancar meu coração?

arranco meus olhos e os jogo aos meus medos

Insanidade da alma, a terra geme?

meu corpo se contorce em volta da arvore da vida,

sugando a seiva dela com mil bocas que gritam em meu ventre

Sinto em meu corpo o açoite da fantasia

demônios a minha frente dilacerando minha carne

sorrindo enquanto encaram minha face

saboreando minha dor em suas bocas

Sinto cada pulsar do meu coração

Arrancado em minha mente,

impulsionando minhas palavras

já não sou vivo, já não sou morto

sinto apenas o pulsar do coração

que comanda minhas palavras em busca do seu sangue

Movimento meu corpo no ar, me lançando ao vento

caindo do penhasco cercado por serpentes

sendo tragado pelas dores destas vozes

que me levam para o gélido abraço da morte.

Peregrino da noite eterna
Enviado por Peregrino da noite eterna em 28/01/2017
Código do texto: T5895668
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