Cônjuge poética
Não sei mais distinguir
O gosto do café e das lágrimas
Tão constantes em meu paladar
Ambos afetando minha mente
Não me recordo o que é dormir
Felizmente a noite és meu refúgio
Pois enquanto todo dia parece ser o mesmo
Toda santa chona é única para minha alma.
Cá estou eu, acorrentado em um colchão sem lençol
Repousado em encardidos travesseiros
Condenado pela insônia,
A namorar por todas as noites a lua
Vossa fúnebre luz
És como água fresca em minhas queimaduras
Revivendo póstumos sentimentos de paixão,
Do fundo mais cabalístico de minh'alma