Doçura de um exílio
O fulgor da vela oscila
Ora fraca, ora intensa
Pobre chama, unificada à mim
Servindo de espelho para a minha alma.
Na luz ela não é nada, apenas uma pequena faísca
Em meio a uma imensidão de claridade.
No ápice da caligem gélida, ela és a única
Que fornece luz e calor,
Para os cegos e congelados
Doce beijo negro que me ganha
Forte abraço imensurável que me conquista,
Ao mesmo tempo envolvente e esvaziador
Mil e uma companhias, e ao mesmo tempo nenhuma
Uma prisão que me liberta das injúrias mundanas.
Um violino ecoa em minha mente
Induzindo-a preencher palavras vazias
Com sentimentos verdadeiros,
Melancolia, felicidade, paixão e agonia.
Sinto meu espírito crescer com o enlace libertário que me isola
A evolução dada à mim como propósito de vida
Crescer por dentro mais rápido do que por fora
E amar cedo para ser feliz até a morte.