Doçura de um exílio

O fulgor da vela oscila

Ora fraca, ora intensa

Pobre chama, unificada à mim

Servindo de espelho para a minha alma.

Na luz ela não é nada, apenas uma pequena faísca

Em meio a uma imensidão de claridade.

No ápice da caligem gélida, ela és a única

Que fornece luz e calor,

Para os cegos e congelados

Doce beijo negro que me ganha

Forte abraço imensurável que me conquista,

Ao mesmo tempo envolvente e esvaziador

Mil e uma companhias, e ao mesmo tempo nenhuma

Uma prisão que me liberta das injúrias mundanas.

Um violino ecoa em minha mente

Induzindo-a preencher palavras vazias

Com sentimentos verdadeiros,

Melancolia, felicidade, paixão e agonia.

Sinto meu espírito crescer com o enlace libertário que me isola

A evolução dada à mim como propósito de vida

Crescer por dentro mais rápido do que por fora

E amar cedo para ser feliz até a morte.

Abstract Androgynous
Enviado por Abstract Androgynous em 08/01/2017
Código do texto: T5875595
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