Entre corvos e espectros

Entre corvos e espectros

formei minhas fantasias,

entregando-me aos demônios

que me possuíam,

forçando-me a conhecer

a escuridão.

Os corvos crocitam

enquanto eu me entrego

aos meus devaneios

onde sonho com castelos

habitados por espíritos

melancólicos que lamentam

a solidão do além-túmulo.

Vejo os corvos voando,

esperando o meu fim,

ouço os fantasmas

me chamando,

não sei se vou resistir

aos seus intermináveis

e insistentes apelos.